terça-feira, 21 de junho de 2011

As matérias primas e a normalização










A indústria das artes gráficas baseia-se fundamentalmente na reprodução de imagens e textos, sobre vários tipos suportes de impressão, utilizando diferentes tecnologias. Para que o produto impresso apresente qualidade deve-se ter em consideração as principais matérias primas utilizadas - tinta e papel. São elas que influenciam decisivamente o resultado final apresentado ao cliente.

De forma a garantir consistência e precisão de resultados, organismos internacionais como a ISO (International Organization for Standardization) e a IDEAlliance (International Digital Enterprise Alliance), editam regularmente normas de forma a estabelecer objectivos e tolerâncias dos parâmetros que afectam a reprodução em artes gráficas.

Estas normas ou directrizes, apontam o resultado final que deve ser alcançado mas sem indicar a forma como o obter. De certa forma podemos dizer que não interessa que tinta ou que papel utilizamos, desde que se consigam obter resultados dentro das tolerâncias espectáveis. No que diz respeito à matéria prima tinta, a norma ISO 12647-2 recomenda a utilização de tintas que cumpram com a norma ISO 2846-1. É nesta que se definem as características colorimétricas que as tintas devem cumprir. Quanto ao papel, a norma 12647-2 não exige que este cumpra com nenhuma característica em concreto, limitando-se a classificá-los em 5 grupos:
  • Tipo 1 e 2 - Couché brilho e mate
  • Tipo 3 - Couché brilho em bobine
  • Tipo 4 - Não revestido branco
  • Tipo 5 - Não revestido amarelado

quarta-feira, 15 de junho de 2011

A cor do papel









O papel continua a ser um dos substratos mais utilizados quando se fala em impressão, tendo um peso aproximado de cerca de 30 a 50% do custo de toda a produção. Apesar disso não existe na indústria papeleira qualquer tipo de normas, especificações ou standards que regulem coisas tão básicas como a classificação do tipo de papel ou a cor do mesmo.

Cada fabricante de papel acaba por adoptar diferentes denominações, consoante a sua postura comercial complicando bastante o papel de quem compra, uma vez que não consegue fazer uma comparação directa e objectiva de produtos semelhantes.

Quanto à cor, o produto acaba por receber denominações tão vagas como "creme", "natural", "branco neve" ou outras, em vez de definições mais objectivas como coordenadas CIE L*a*b. Mais uma vez, nesta questão da cor, não existem especificações ou tolerâncias que os fabricantes de papel devam seguir, muito menos em relação à utilização de branqueadores ópticos utilizados no seu fabrico. Estes aditivos têm uma importância extrema uma vez que quanto maior for a sua utilização, mais difícil será obter uma correspondência visual entre impressos no mesmo suporte mas utilizando tecnologias diferentes.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Perfis de Cor para papéis





Quando estamos envolvidos na gestão da cor de um determinado fluxo de trabalho, temos a preocupação de ter presente os perfis de cor adequados, nomeadamente o do equipamento de captura da imagem ou de visualização (entrada) e o da tecnologia usada para impressão (saída). No entanto, é fácil perceber que quando imprimimos sobre suportes de impressão diferentes, os resultados também podem ser diferentes.

Para minimizar estas situações, algumas papeleiras começam a disponibilizar perfis de cor dos seus produtos, garantindo assim que o perfil para além de adequado à tecnologia de impressão, fará as devidas correcções de cor tendo em conta o comportamento do suporte de impressão.

Entre as distribuidoras que já disponibilizam este serviço encontra-se a Fedrigoni. Para já, os perfis de cor estão apenas disponíveis para uma pequena quantidade de papéis, mas acredita-se que este será apenas o primeiro passo para que esta prática ser torne cada vez mais corrente. Ficam aqui alguns dos perfis já disponibilizados.