Na avaliação da cor impressa não existe uma forma clara e objectiva de determinar se o resultado da cor corresponde às expectativas do cliente e àquilo que ele esperava como resultado final.
Assim que o impressor atinge as densidades de cor durante o processo de afinação do equipamento, habitualmente faz-se uma análise visual para comparar as primeiras folhas com a prova de cor de forma a verificar a aproximação de tons. Estas comparações ocorrem também durante a tiragem de forma a comprovar a consistência da cor. Os clientes e designers têm tendência a fazer o mesmo tipo de análise visual para comprovar a correspondência e consistência da cor.
Para muitos dos intervenientes no processo gráfico, é o "olhómetro" que tem a palavra final sobre a qualidade ou falta dela de uma impressão. No entanto, este método comporta algumas limitações pelo facto de a visão estar condicionada por um instrumento complexo: o cérebro humano. Este último pode muito facilmente induzir-nos em erro. Vejamos o exemplo seguinte:
Ao olharmos para esta imagem, somos levados a dizer que identificamos espirais verdes e azuis. No entanto, aquilo que está representado são apenas espirais verdes (R0, G255, B151). Se cortarmos uma selecção da imagem e sobrepusermos podemos verificar que de facto se trata da mesma cor.
De facto, as cores envolventes podem causar erros tremendos na percepção correcta das cores, tornando assim o "olhómetro" num instrumento pouco eficaz para a análise de cores.
1- O "olhómetro" tem função Auto-Balance
O olho humano "reconhece" uma área próxima do branco como sendo branco e ajusta todas as cores envolventes. Este tipo de situação pode levar a situações em que verificamos no monitor uma zona como branca, onde na impressão não deveria existir trama, mas de facto acaba por ser impresso um ligeiro véu. O olho reconheceu a área como branco quando de facto ela não o era.
2- O "olhómetro" não tem memória de cor
O olho humano reequilibra as cores quando olha para dois objectos diferentes. Este facto torna a comparação de duas cores separadas, nem que seja por uma pequena distância, em algo impossível. A única forma de proceder à comparação entre duas cores é cortando uma amostra da mesma e sobrepô-la sobre uma amostra.
3- O "olhómetro" não consegue avaliar pequenas variações
De forma a avaliar a variação de tons onde é necessária grande prescisão, por exemplo impressão de logótipo e marcas, é necessário recorrer a amostras com os extremos de variação possível. Uma das formas é recorrendo a um livro de amostras da marca com perfurações. Desta forma as cores envolventes não vão influenciar a análise visual, ao mesmo tempo que se analise se a impressão está dentro dos limites espectáveis de variação da cor.
4- O "olhómetro" é influenciado pelo tamanho da área de cor impressa
Por esse motivo, muitos vezes pode parecer que existe correspondênicia entre a pequena amostra e uma área impressa. No entanto, se a área de impressão dessa cor for maior, vai parecer que não existe correspondência. Assim, deve-se tentar encontrar amostras de tamanhos semelhantes à área a analizar.
Este artigo foi traduzido com a autorização de Gordon Pritchar, autor do blogue "Quality In Print" a partir do post "Tolerancing color by eye" disponível em http://qualityinprint.blogspot.com/2010/03/tolerancing-color-in-presswork-by-eye.html
segunda-feira, 12 de abril de 2010
quarta-feira, 7 de abril de 2010
XX ARTEC
Nos dias 14 e 15 de Abril, terá lugar na Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico de Tomar, o 20.º ARTEC. Intitulado "Rewind Pause Forward", este simpósio destina-se a estudantes, professores, designers, gestores gráficos, profissionais da área de marketing, entre outros.
Este ano conta com oradores, tais como Paulo Alcobia, André Figueiredo, Luís Moreira, Regina Delfino, David Zamith, Daniel Raposo, Pedro Oliveira, Fernando Coelho, Victor Neno, Arnaldo Costeira, entre outros.
O programa detalhado está disponível para consulta em www.tag.estt.ipt.pt/artec/
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Workshop Norma ISO 12647-2
A Gráfica Maiadouro na Maia vai levar a cabo duas sessões do workshop "Norma ISO 12647-2". A primeira decorrerá já no próximo dia 12 de Abril, nas instalações da APIGRAF em Lisboa pelas 16 horas. A segunda será nas instalações da gráfica no dia 15 de Abril à mesma hora.
O workshop contará com a presença de técnicos credenciados pela UGRA. Será certamente uma boa oportunidade de perceber como todos os intervenientes na indústria gráfica podem tirar partido da norma ISO 12647-2.
Os interessados podem preencher aqui a ficha de inscrição.
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